Nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei. Assim afirmam os que
conhecem a vida e sabem como ela verdadeiramente é.
Pela porta do nascimento, o lar enche-se de alegria, pois é mais uma vida que está
chegando para juntar-se aos outros da casa. Quando se acrescenta, não há tristeza. A
expectativa explode em risos, festas e presentes, quando o primeiro choro é ouvido. É uma
presença que ainda não era contada entre os vivos da Terra.
Entretanto, quando esse portal se abre para dar passagem aos caminhos da morte, o lar se
enche de dor, de angústia, de incertezas. É a partida de um ser que estava integrado à
família; é a ausência de alguém que não será mais visto entre nós, de alguém que nos
ouvia, nos ensinava, participava conosco os momentos de cada dia ou conosco dividia
alegrias e tristezas.
Mas, afinal, o que é a morte?
Seria ela o fim de uma existência ou o fim de uma pessoa? Como compreender esse
doloroso instante da vida?
Será que podemos chorar os nossos mortos e dirigir a eles nossas fervorosas orações,
buscando reduzir o vazio, o precipício, o impacto desastroso que causa a partida para o
outro lado da vida de alguém que amamos? Será que nossas rogativas serão ouvidas?
Será que nesse outro plano, invisível para nós, nossas preces alcançam o destino?
A vida não cessa! A morte, embora separe os corpos, não separa os corações nem
interrompe o sentimento, o amor, e não extingue o Espírito, que é eviterno e foi criado para
a eternidade.
Loucura é pensar que a figura sinistra da morte, além de provocar a separação das
pessoas, pusesse um ponto final na existência do Espírito.
Fosse assim, Jesus, o Mestre Divino, não viveria mais, como não viveriam também outros
personagens que vez por outra conclamamos e reverenciamos em nossas orações, pedindo
proteção e ajuda para nós, para os que estão ao nosso lado e para os que se acham em
estado de necessidade.
Crer que a vida cessa com a morte é não crer que Jesus seja O Caminho, A Verdade e A
Vida.
Os que partiram também se alegram, nos veem, nos acompanham e igualmente se
entristecem e sofrem quando lamentamos e não compreendemos com resignação essa
prova dolorosa!
Pelo fato de não enxergarmos esse outro lado da vida, não significa que deixaram de existir.
Não estão conosco fisicamente, é uma verdade, mas continuam “vivos” nesta outra margem. Como disse o Mestre, “Deus é dos vivos e não dos mortos; não há deus dos
mortos”.
Ergamos nossas mãos ao Céu em oração e deixemos nos envolver por esse sentimento de
amor profundo, cujos laços não se perdem no infinito.
Orar é banhar-se de luz; orar é inundar-se de forças poderosas do mundo invisível para
atuar com segurança no mundo de formas visíveis, que é o nosso, guardando no coração a
certeza da vida eterna.
A imortalidade é a luz da vida, como este refulgente Sol é a luz da natureza. Creia em Deus!
Creia em Jesus! Creia na Vida Eterna!
Vladimir Polízio – A vida não cessa e prossegue além-túmulo
- O Consolador – N° 340 – 01/12/2013
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