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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Renascer - A vida não cessa e prossegue além-túmulo

 Nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei. Assim afirmam os que conhecem a vida e sabem como ela verdadeiramente é. 

Pela porta do nascimento, o lar enche-se de alegria, pois é mais uma vida que está chegando para juntar-se aos outros da casa. Quando se acrescenta, não há tristeza. A expectativa explode em risos, festas e presentes, quando o primeiro choro é ouvido. É uma presença que ainda não era contada entre os vivos da Terra. 

Entretanto, quando esse portal se abre para dar passagem aos caminhos da morte, o lar se enche de dor, de angústia, de incertezas. É a partida de um ser que estava integrado à família; é a ausência de alguém que não será mais visto entre nós, de alguém que nos ouvia, nos ensinava, participava conosco os momentos de cada dia ou conosco dividia alegrias e tristezas. 

Mas, afinal, o que é a morte? 

Seria ela o fim de uma existência ou o fim de uma pessoa? Como compreender esse doloroso instante da vida? 

Será que podemos chorar os nossos mortos e dirigir a eles nossas fervorosas orações, buscando reduzir o vazio, o precipício, o impacto desastroso que causa a partida para o outro lado da vida de alguém que amamos? Será que nossas rogativas serão ouvidas? Será que nesse outro plano, invisível para nós, nossas preces alcançam o destino? 

A vida não cessa! A morte, embora separe os corpos, não separa os corações nem interrompe o sentimento, o amor, e não extingue o Espírito, que é eviterno e foi criado para a eternidade. 

Loucura é pensar que a figura sinistra da morte, além de provocar a separação das pessoas, pusesse um ponto final na existência do Espírito. 

Fosse assim, Jesus, o Mestre Divino, não viveria mais, como não viveriam também outros personagens que vez por outra conclamamos e reverenciamos em nossas orações, pedindo proteção e ajuda para nós, para os que estão ao nosso lado e para os que se acham em estado de necessidade. 

Crer que a vida cessa com a morte é não crer que Jesus seja O Caminho, A Verdade e A Vida. 

Os que partiram também se alegram, nos veem, nos acompanham e igualmente se entristecem e sofrem quando lamentamos e não compreendemos com resignação essa prova dolorosa! 

Pelo fato de não enxergarmos esse outro lado da vida, não significa que deixaram de existir. Não estão conosco fisicamente, é uma verdade, mas continuam “vivos” nesta outra margem. Como disse o Mestre, “Deus é dos vivos e não dos mortos; não há deus dos mortos”. 

Ergamos nossas mãos ao Céu em oração e deixemos nos envolver por esse sentimento de amor profundo, cujos laços não se perdem no infinito. 

Orar é banhar-se de luz; orar é inundar-se de forças poderosas do mundo invisível para atuar com segurança no mundo de formas visíveis, que é o nosso, guardando no coração a certeza da vida eterna. 

A imortalidade é a luz da vida, como este refulgente Sol é a luz da natureza. Creia em Deus! Creia em Jesus! Creia na Vida Eterna! 

Vladimir Polízio – A vida não cessa e prossegue além-túmulo 
                                                                    - O Consolador – N° 340 – 01/12/2013

Renascer - Consciência cósmica

 “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei.” 
- Allan Kardec 

Ensinam-nos, quando ainda em tenra idade, mas já capazes de compreender conceitos aparentemente tão complexos – não se iludam os ingênuos –, que é no campo do Espírito, berço dos sentimentos, que acalentamos nossos sonhos, desejos e, dizemos nós hoje, todas as imperfeições morais, que somente mais tarde terão as condições propícias para se manifestarem. 

E é nesse momento da vida que seres amorosos – às vezes nem tanto – nos conduzem, com relativa segurança – às vezes nem sempre –, a caminhos menos tortuosos, nos propiciando oportunidades em que possamos desenvolver algumas potencialidades que garantirão, em fase adulta, a possibilidade do sustento material e moral. 

Ensinam-nos, também, que todos os sentimentos, sejam eles quais forem, devem, necessariamente, passar por um filtro para que possamos viver uma vida comunitária, onde leis sociais regulam as relações entre os homens. 

Não nos é facultado, assim, exprimir todos os nossos sentimentos - sejam eles bons ou maus - sem corrermos o risco de infringir as leis humanas, não nos importando, por ora, onde e quando essas leis são praticadas, podendo, com isso, sofrer severas punições. Esse filtro, chamam-no razão. 

Dessa forma, tudo que recebemos e emitimos deve passar por esse crivo para que, com equilíbrio, tenhamos nossos direitos respeitados, e aprendamos a respeitar os do outro. 

Avançamos, assim, como que envoltos em uma nuvem densa, vivenciando situações que nos causam, na maior parte do tempo, verdadeiro pânico pelo nosso total desconhecimento do que fazer e como fazer com as dificuldades que, inevitavelmente, surgem – porque são partes da própria vida. 

Somos, ainda, as crianças de outrora, tateando o mundo ao nosso redor, descobrindo objetos, ensaiando passos, para aprender, mais adiante, a dominar o espaço em que vamos nos movimentar. 

E lentamente, descobrindo nossos limites, e, com muita dificuldade e pouca tolerância, o limite do outro; testando ações e reações – a nossa e a do outro – para termos a certeza de poder manipulá-las, trazendo algum benefício para nós próprios. 

Tentativas de ensaio e erro, entre nós e o outro, em jogo de aprendizes, onde imaginar que se pode levar vantagem sempre é perder por antecipação. Brincadeira de crianças que acreditam ser o resultado o objetivo final. 

Justamente, por não se saber o que fazer e como fazer, é que permanecemos nessa situação aflitiva de errar e recomeçar, e errar, novamente, para acertar mais além, que parece interminável. 

E, por mais angustiante que seja esse momento em que nos encontramos, dentro do processo evolutivo, não poderá ser de outra maneira por ora. Ainda nos encontramos e nos sentimos como ser dual: de um lado coração e de outro razão. Um, o berço; outro, o filtro dos mesmos sentimentos. 

Confusão natural para quem busca o Ser Total.

No nosso entendimento, a confusão só se instala na medida em que há dúvida ou desordem. 

Sabemos todos que a criação obedece a Leis Universais, e que, se vemos desordem na obra divina, ela é apenas aparente, pois nossa visão não alcança a totalidade dessa criação. 

Desconhecemos, quase que totalmente, a perfeita harmonia entre todos os elementos que estão ao nosso redor – e isso, para falarmos apenas do mundo material que percebemos. E se longe estamos de perceber inclusive o equilíbrio que se faz presente dentro de nós, no nosso próprio corpo físico, o que dizer, então, da Criação! Resta-nos, assim, verificar a dúvida. 

Parece-nos claro que, à medida que o homem se percebe ora como razão, ora como coração, não consegue se encontrar como unidade, como Ser criado para evoluir e ser feliz. 
Quase nunca se dá conta de que ambos os momentos, em alternância contínua na eternidade da existência, representam partes dessa unidade, e que, por essa razão, têm a mesma importância no processo evolutivo. 

Miríades de oportunidades surgem para que isso ocorra; mas, pelo fato de não se identificar como unidade, estabelece-se a dúvida: será uma coisa, ou será outra? E a confusão instala-se, pois no fundo de sua consciência, ainda que de forma nebulosa, tem certeza dessa sua totalidade como Ser. 
Essa incerteza é angustiante! 

A noção que esse homem parcial tem dessa totalidade, que não consegue apreender, mas que se percebe como tal, encontra explicação na ideia de que o germe da árvore contém a árvore, mas não é ela; dessa maneira, a noção de ser consciência cósmica – Ser Total – e, portanto, infinito, está contida na mente desse homem, sem que seja ela própria essa consciência. 
Tal conceito, no nosso entender, nos sugere que a mente - limite temporal e espacial -, presa a um corpo físico – limite material – é a representação dela para sua manifestação e evolução infinitas. 

Enquanto presa a essa matéria densa, essa consciência representa uma totalidade relativa – se levarmos em conta sua capacidade constante de expansão – de todas as experiências vividas até o presente momento. 

O homem ter uma consciência cósmica e não ser a consciência cósmica é humanamente compreensível e compreensivelmente humano, na medida em que se identifica, ainda, como criatura humana pelo que possui e não pelo que é. Limitações evolutivas na compreensão da obra divina!... 

Lentamente, caminhamos para essa percepção. 
Movimentos lentos, ainda, ora em direção à razão – necessidade de conhecimento -, ora rumo ao coração – necessidade de sabedoria – a nos possibilitarem avançar sempre, mais rápidos alguns, mais lentos outros, para o cumprimento da Lei do Progresso.

Destino nosso? Certamente! E, na verdadeira acepção da palavra, é algo do qual não nos é dado fugir. 
Poderemos acelerá-lo, retardá-lo, adiá-lo, mas evitá-lo... jamais! E quão tolos somos ao tentar fazê-lo. 
É da Lei que progridamos e assim será, queiramos ou não. 
Retardatários somos todos nessa caminhada. 
E ainda bem que somos forçados a caminhar. 

Leda Maria Flaborea – Consciência cósmica 
                                                                    - O Consolador – N° 632 – 18/08/2019
 

 

Renascer - A jutiça da reencarnação

 No diálogo entre Jesus e Nicodemos (João 3:1-12), o primeiro diz ao segundo que temos de renascer (v. 3) e distingue a carne do Espírito (v. 6). 

Deus cria os Espíritos simples e ignorantes, (1) que se aperfeiçoam mediante as MÚLTIPLAS EXISTÊNCIAS. (2) Caso essas não existissem, não explicaríamos tamanha diversidade social. Então perguntamos: 
“Seriam essas a Bondade e a Justiça Divinas?” 

Só a REENCARNAÇÃO elucida essas diferenças. 

Alguns líderes religiosos ao se depararem com esses problemas dizem: “mistérios de Deus!”. 

Pensamos serem esses argumentos vagos e ilógicos, portanto, não os aceitamos.

Acreditamos ser a REENCARNAÇÃO uma Lei Divina, e não uma mera filosofia religiosa. 

Quanto ao Inferno e às penas eternas, cremos serem essas contrárias à Misericórdia e à Justiça Maior. Pois Salmo 103: 8-10 fala que Deus é Misericordioso, Piedoso, que não reprovará perpetuamente etc. 

No Novo Testamento, vemos Cristo falar a Pedro que devemos perdoar setenta vezes sete (Mateus 18:21, 22), entendemos indefinidamente. Não seria estranho Jesus nos recomendar um preceito que apenas nós deveríamos seguir? Assim redarguimos: “Seriam essas a Bondade e a Justiça Divinas?” 

Para alguns o Homem é mais justo que Deus. Vejamos isto a seguir: 

Imaginemos que alguém durante a vida cometa toda espécie de crimes e barbáries. Aí, 15 minutos antes de morrer se arrependa sinceramente de tudo. Segundo uns, ele irá para o Céu só porque se arrependeu. Entretanto, se um policial pega esse mesmo sujeito... “CADEIA NELE!”. E este será preso, será julgado e provavelmente condenado. Tendo tudo isso em vista, perguntamos: “Seriam essas a Bondade e a Justiça Divinas?” 

A Lei Humana seria mais Misericordiosa que a Celestial, pois a primeira permite que o réu fique no máximo 30 anos detido. Enquanto a segunda o aprisiona por todo o sempre. Destarte indagamos: 
“Seriam essas a Bondade e a Justiça Divinas?” 

Em alguns países, a pena de morte e a prisão perpétua não existem. Aqui, com “bom comportamento” o preso é solto e pode cumprir o resto da pena em casa. Para uns, o pecador fica eternamente no inferno e pronto. Igualmente perguntamos: 
“Seriam essas a Bondade e a Justiça Divinas?”

Pesquisamos entre 10 mães: se essas morassem no Céu, mas seu filho no inferno, elas ficariam felizes? Todas responderam negativamente. Assim indagamos: 
“Seriam essas a Bondade e a Justiça Divinas?” 

Na Parábola do Filho Pródigo (Lucas 15:11-32): Deus significa o pai, a Humanidade o descendente perdulário. Este, quando sai de casa, simboliza a morte ceifando a Humanidade. No momento em que o rapaz vive uma vida diferente, quando passou a viver dissolutamente, representa que ele reencarnou em outro corpo e levou uma existência cheia de pecados. Todavia, quando retorna para o lar, é recebido de braços abertos pelo progenitor. Deus nos perdoa sempre nos dando uma outra oportunidade. 

Mesmo O Altíssimo sendo Todo-Poderoso, se analisarmos friamente, perguntando-nos: qual é a causa dos sofrimentos humanos e por que existe essa imensa diferença social entre nós? Não poderemos resolver. Entretanto, se colocarmos aí a REENCARNAÇÃO... Bingo!... Tudo fica explicado. 

Exemplifiquemos: 2 homens roubaram um bolo. Segundo uns, ambos foram para o inferno. Só que um furtou por fome, o outro por uma carência moral. Engraçado: o castigo foi o mesmo para eles. Assim perguntamos: 
“Seriam essas a Bondade e a Justiça Divinas?” 

Quando vemos duas crianças: uma rindo, correndo, pulando e brincando. A outra paraplégica numa cadeira de rodas observando tudo aquilo; questionamos: “Seriam essas a Bondade e a Justiça Divinas?” 

É necessário que acreditemos, porém, por maior que seja a desigualdade social, intelectual e moral, que Deus as resolverá plenamente mediante a MULTIPLICIDADE EXISTENCIAL. 

Como lemos no dólmen de Kardec: “Nascer, crescer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei”. (3) 

Hugo Alvarenga Novaes – A justiça da reencarnação 
                                                                - O Consolador – N° 462 – 24/04/2016 

(1) O Livro dos Espíritos, (questão 115) 
(2) O Livro dos Espíritos, (questões 114-115) 
(3) http://www.paulosnetos.net/finish/5-artigos-e-estudos/27-frase-atribuida-a-kardec. 

Bibliografia: 

Bíblia Online: https://www.bibliaonline.com.br/


Renascer - A vida não cessa e prossegue além-túmulo

  Nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei. Assim afirmam os que conhecem a vida e sabem como ela verdadeiramen...